Globoplay resgata 'Esplendor', novela feita em 45 dias que marcou era experimental da Globo
- Jorge Carvalho
- 20 de jun.
- 2 min de leitura
Produção de 2000, criada em tempo recorde por Ana Maria Braga, foi pioneira em projeto de 'novela de férias' — agora disponível no streaming
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Novela relançada: Esplendor (2000), pioneira do projeto experimental de "novelas de férias" da Globo, chega ao Globoplay em 2025.
Feito histórico: Produzida em apenas 45 dias — da sinopse à estreia — com equipe enxuta e cronograma acelerado.
Contexto: Gravada durante as festas de fim de ano, sob direção de Daniel Filho e roteiro de Ana Maria Moretzsohn (estreia solo).
Curiosidade: Projeto foi cancelado após essa edição, mas virou caso de superação na dramaturgia.

Em janeiro de 2000, a Globo lançou Esplendor, novela que marcou a estreia de Ana Maria Moretzsohn como autora solo na emissora. O folhetim, que inaugurou um projeto inédito de férias, entrou no catálogo do Globoplay também no mês de janeiro neste ano de 2025. Relembre a primeira obra desse projeto, resgatada pela plataforma de streaming.
Projeto cancelado
Desenvolvida em tempo recorde, Esplendor teve sua produção acelerada para estrear em janeiro, com um cronograma que envolvia uma equipe enxuta e um custo reduzido. Segundo o diretor Daniel Filho, a novela foi criada em apenas 45 dias, desde a aprovação da sinopse até a estreia — um grande feito, considerando as limitações de tempo e as festas de fim de ano, que atrasam a produção.
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A novela, como lembra o jornalista Nilson Xavier, do Teledramaturgia, foi idealizada para dar início ao que ficou conhecido como Projeto de Verão: uma tentativa da Globo de produzir novelas mais curtas, com orçamentos reduzidos, para exibição durante as férias.
O projeto inovador não durou muito, já que a popularidade da novela, que inicialmente estava programada para ter 80 capítulos, fez a trama ser estendida para 125, dando fim à ideia de uma produção mais curta. Esplendor foi, portanto, a primeira e última obra de férias da Globo.
Elenco de sucesso
O elenco de Esplendor trouxe grandes nomes da TV brasileira, com alguns atores tendo de se adaptar rapidamente aos papéis. O jornalista Xavier destaca Letícia Spiller, que havia interpretado a vilã Maria Regina em Suave Veneno e teve de se reinventar como Flávia Cristina, a doce e bondosa protagonista.
Caio Blat também teve uma mudança radical de personagem. Depois de viver o bom moço Thiago em Andando nas Nuvens, emendou seu trabalho na novela das seis, interpretando o vilão Bruno em Esplendor, um personagem com características opostas ao anterior.
Além desses nomes, o Teledramaturgia relembra outras atuações memoráveis, como a de Cássia Kiss, que deu vida à sensível Adelaide, e de Floriano Peixoto, que se transformou em Frederico Berger, um homem sombrio e autoritário com fortes inspirações na Fera do conto clássico A Bela e a Fera.
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A novela também foi uma vitrine para novos talentos como os jovens Max Fercondini, Juliana Knust e Thiago de Los Reyes, que tinha apenas 10 anos na época. Para dar vida aos seus papéis, atores como Max, Letícia Spiller e Thaís Fersoza (Érica) chegaram a passar por aulas de equitação e piano.